Com o objetivo de evidenciar
a cena jazzística nacional e o estilo criado pelo guitarrista belga Django
Reinhardt há quase um século, acontece de 20 a 22 de outubro o 8º Festival de
Jazz Manouche de Piracicaba. Nos dois primeiros dias, 20 e 21, as apresentações
ocorrem às 20h, respectivamente, no Teatro Municipal Erotides de Campos (20) e
no Teatro Municipal Dr. Losso Netto (21) e, em ambos os casos, os ingressos
podem ser adquiridos nas bilheterias dos teatros ou no site megabilheteria.com.
No dia 22, a atração pode ser conferida gratuitamente, às 10h30, no Engenho
Central.
O festival será aberto na quinta-feira, 20, às 20h, no Teatro
Erotides de Campos (Teatro do Engenho), com os shows "Fernando Chuí, in
memoriam", com o grupo paulistano Alma Nouche; e “O jazz manouche de Bina
Coquet e Florian Cristea”, com Danilo Vianna, Nando Vicencio e Fernando
Seifarth.
No segundo dia, sexta, 21, o
Teatro Municipal Dr. Losso Netto, a partir das 20h, será palco para a
apresentação "O jazz cigano e a MPB", com Marcos Moraes, Alessandro
Penezzi, Sandro Haick, Marcelo Cigano e participação de Julia Simões.
No sábado, 22, o
encerramento acontece a partir das 10h30, ao lado da Passarela Pênsil, no
Engenho Central, com “O samba de Noel e o jazz manouche", apresentado pelo
Hot Club de Piracicaba e Lu Garcia, com participação de Renata Meireles e
Guilherme Ribeiro (dança) e, neste caso, com acesso gratuito ao público.
Jam sessions - Além das
apresentações, o festival jams sessions nos três dias: Na
quinta, 20, a partir das 22h, no bar Primo Luiz; na sexta, 21, também às
22h, na cervejaria A Tutta Birra; e no sábado, 22, a partir das 13h, na Smoker
Barbecue Brasil.
“O recente fervor na
cena jazzística nacional em torno do estilo criado pelo músico Django Reinhardt
tomou conta de Piracicaba de forma permanente. A cidade foi batizada por uma
prestigiada revista como ‘a capital do jazz manouche no Brasil’, o que mostra a
aceitação do estilo”, afirma José Fernando Seifarth de Freitas, idealizador do
festival.
“Estamos muito felizes por
podermos voltar a realizar esse festival incrível após a pandemia e com a
característica, neste ano, de reunir exclusivamente artistas brasileiros em
três dias e três locais diferentes. A expectativa é a melhor possível”, diz
Seifarth de Freitas.
Estilo e festival - O jazz manouche surgiu no
início do século 20, em Paris, quando o guitarrista belga Django Reinhardt e o
violinista francês Stéphane Grappelli formaram, junto a outros músicos, o
quinteto do Hot Club de France, que, ao unir o swing americano e a improvisação
jazzística ao fraseado cigano, criou o jazz manouche, ou gypsy jazz, estilo que
conquistou músicos em diferentes partes do mundo.
Em 2010, ano em que o
icônico guitarrista belga completaria um século de nascimento, foi realizado em
Piracicaba o evento “100 anos de Django Reinhardt”, que reuniu praticantes do
jazz cigano de todo o Brasil e deu os primeiros passos para o primeiro Festival
de Jazz Manouche de Piracicaba, criado em 2013 pelo juiz de direito José
Fernando Seifarth de Freitas, um apaixonado pelo jazz cigano que tem a música
como hobby.
O movimento começou a chamar a atenção no exterior e, na segunda edição do festival, realizada em 2014, houve a participação de Richard Smith (Reino Unido) e Dario Napoli (Itália). Assim, teve início um verdadeiro intercâmbio musical entre artistas brasileiros e os estrangeiros, com a participação, ao longo das edições seguintes, de músicos internacionais como Robin Nolan (Inglaterra), Jon Larsen (Noruega), Eva Scholten (Holanda), Paul Mehling (EUA), Tcha Badjo (Canadá), Walter Coronda e Ricardo Pellican (Argentina).
Entre os destaques
nacionais, estão Bina Coquet, Mauro Albert, Sandro Haick, Marcelo Modesto,
Vinícius Araújo, Benoit Decharneux, Jazz Cigano Quinteto, Gypsy Jazz Club, Hot
Club do Brasil, Roda Romani e Hot Jazz Club, além do anfitrião Hot Club de
Piracicaba.
Em 2018 foi realizada uma
edição dedicada a artistas da América do Sul, que reuniu a participação de
representantes da Argentina, Chile, Colômbia e Equador.
O festival tem apoio da
Prefeitura de Piracicaba, por meio da Secretaria Municipal da Ação Cultural e
produção da Empório Produções.
SERVIÇO - Mais informações sobre o 8º Festival de Jazz Manouche de Piracicaba podem ser obtidas no Instagram: @festivaljazzmanouchepiracicaba
Foto da capa: Fernando Seifarth – por Antonio Trivelin
Foto: Hot Club de Piracicaba – do SEIS2 Produções
Autoria: Rafael Bitencourt Fonte: