A arbitragem paulista será
representada pelo trio formado por Raphael Claus, Danilo Manis e Neuza Inês
Back na Copa do Mundo do Catar 2022. Responsável por presidir a Comissão
Estadual de Arbitragem, Ana Paula Oliveira parabenizou os profissionais e
valorizou o trabalho realizado pela Escola de Arbitragem Flávio Iazzetti e pela
histórica indicação da primeira mulher brasileira a ir ao Mundial.
“Eu estou muito feliz por eles, porque sei o
quanto trabalharam duro para chegar nesse momento. Estou feliz pela nossa
instituição (FPF), pelo investimento que estamos fazendo nos árbitros, de
estarmos mais próximos deles, em ofertar melhores condições, tudo pela nossa
insistência em investir em treinamentos, em diálogos. Não posso deixar de
demonstrar a minha alegria de vê-los sendo convocados para o Mundial”, disse
Ana Paula Oliveira, Presidente da Comissão Estadual de Arbitragem.
Integrante do trio, a assistente Neuza Inês Back
alcançou a marca de ser a primeira mulher brasileira a ir à Copa do Mundo.
“Isso era um sonho e confesso que lá atrás, quando ainda atuava, enxergava que
uma mulher poderia chegar nesse momento ímpar. Quando a mulher equiparou o teste
físico ao masculino, já não existia mais empecilho para que uma mulher pudesse
chegar à Copa do Mundo. Superamos essa barreira e ver a Neuza chegar, por
merecimento, pelo que ela conquistou dentro do campo de jogo, é uma satisfação
enorme. É uma menina extremamente dedicada, que buscou falar outros idiomas, e
que foi além das quatro linhas”, enfatizou Ana Paula.
Ainda sobre a histórica convocação de Neuza Inês
Back, Ana Paula valorizou a iniciativa da FIFA em selecionar outras cinco
mulheres para a Copa do Mundo do Catar. “Chegou a vez dela e não só ela. Foram
seis mulheres convocadas, então quero parabenizar a FIFA por essa grande
conquista da mulher nesse mundial no Catar, por tudo que envolve as questões
culturais, e a valorização do respeito à mulher como ser humano. Tem que
parabenizar a FIFA por esse grande passo, não só pelas nossas meninas
merecerem, mas pela ousadia em levar”, disse.
ÁRBITRO FEITO
EM CASA - Do trio pertencente ao
quadro paulista, Raphael Claus e Danilo Manis foram formados pela Escola de
Arbitragem Flávio Iazzetti, em São Paulo. “Se a gente for pensar que o nosso
último árbitro feito aqui genuinamente, que chegou à Copa do Mundo, foi
Romualdo Arppi Filho, me arrepia. É uma emoção indescritível ver o Claus e o
Manis irem para o mundial. Isso só reforça que a Escola de Árbitros Flávio
Iazzetti produz grandes nomes para o futebol, não só nacional como
internacional”, destacou Ana Paula.
Ana Paula Oliveira ainda valorizou a história
da arbitragem paulista e o apoio da FPF no desenvolvimento dos “homens do
apito”. “Nessa era moderna, o Claus vem para referenciar, mas a escola de São
Paulo tem grandes árbitros e assistentes ao longo da história. Temos Romualdo
Arppi Filho, Dulcídio Wanderley Boschilia, Paulo César de Oliveira, Sálvio Spínola e
Wilson Seneme nesse belo carrossel de grandes da arbitragem paulista. Então,
essa conquista é histórica para São Paulo, para mostrar a seriedade e o empenho
de todos. Não posso deixar de parabenizar o presidente Reinaldo Carneiro Bastos
por olhar para a arbitragem, não como gasto, mas como investimento, pois se
cuidarmos bem da arbitragem, teremos um campeonato consolidado e isso ele faz
com muita maestria”, finalizou.
Foto: Rodrigo Corsi / Agência Paulista
Autoria: Fonte: Federação Paulista de Futebol