Desde o início da pandemia, em 2020, o Centro de Genômica Funcional Esalq/Cena realizou 50 mil testes PCR de Covid-19 e sequenciou 20 mil amostras para identificação de variantes do novo coronavirus. Esse trabalho envolveu esforços de uma equipe de 30 pessoas, entre estudantes de graduação, pós-graduação, funcionários e docentes da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, unidades da USP em Piracicaba.
Nesses
dois anos, o Centro de Genômica Funcional integrou a rede de diagnóstico
coordenada pelo Instituto Butantan durante a pandemia da Covid-19 no Brasil.
“Esse ciclo termina hoje, com êxito e muita satisfação pelos serviços que
auxiliaram não somente a rede coordenada pelo Butantan, mas também o município
de Piracicaba. Já tínhamos equipamentos instalados para outros fins de pesquisa
e pudemos reverter para um bem da nossa sociedade”, comentou o professor Luiz
Lehmann Coutinho, do departamento de Zootecnia da Esalq, um dos coordenadores
do projeto ao lado da professora Tsai Siu Mui, do Centro de Energia Nuclear na
Agricultura (Cena/USP).
Junto
da professora Tsai, o professor Coutinho descerrou uma placa recebida pelo
Instituto Butantan, instalada no Núcleo de Apoio à Pesquisa de Biologia Celular
e Molecular na Agropecuária. Houve ainda entrega de certificados aos
pesquisadores que integraram a equipe, muitos deles exercendo esta tarefa de
forma voluntária.
“Todo
esse processo foi uma oportunidade para que a Esalq e o Cena trabalhassem em
conjunto no enfrentamento de um desafio para a nossa cidade. Pudemos aplicar
nosso conhecimento de pesquisa de forma transparente e assim colaboramos de
forma rápida e eficaz diante de uma emergência tão grande”, apontou a
professora Tsai.
Variantes – Apesar do
encerramento da rede do Butantan, o Centro de Genômica Funcional continua
atuando no sequenciamento de novas variantes do Covid-19. “Seguimos realizando
testes para o Hospital de Fornecedores de Cana de Piracicaba, para prefeitura
de Piracicaba e para a comunidade universitária”, destacou Coutinho. A nova
preocupação agora é com as novas variantes B4 e B5, já detectadas no Estado de
São Paulo. “Elas são mais transmissíveis, estamos verificando um aumento no
número de casos e por isso continuamos a monitorá-las”, finaliza o docente da
Esalq.
Foto: Denise Guimarâes
Autoria: Caio Albuquerque Fonte: Esalq - Piracicaba