Técnicos da Mirante, com o apoio de
profissionais especializados, realizaram uma ação de vistoria no Córrego do
Itapeva. O objetivo da iniciativa foi identificar possíveis lançamentos
irregulares de esgoto no manancial. O procedimento de verificação de despejo
irregular de esgoto faz parte da rotina de trabalho da Mirante.
Foram percorridos 3 km – extensão da
calha principal do córrego, do local onde hoje fica o Teatro Municipal Dr.
Losso Netto, até o rio Piracicaba. O Itapeva foi canalizado em 1957 na gestão
do então prefeito municipal, Luciano Guidotti. Atualmente, sobre o córrego fica
a avenida Armando de Salles Oliveira, uma das principais da cidade.
A vistoria teve início no local onde
desemboca o córrego, no Rio Piracicaba. Dali, a equipe – formada por cinco
pessoas, caminhou dentro do córrego por toda sua extensão. Munidos com máscaras
profissionais, cilindros de oxigênio e roupas próprias para esse fim, os cinco
encontraram no percurso diferentes níveis, alguns com até 4 metros de
profundidade; outros com dimensões que os obrigavam a rastejar em espaço
reduzido.
Como a estrutura atual do Itapeva não
possui acessos, a estratégia foi identificar saídas para que o grupo subisse à
superfície para hidratação necessária e alimentação. “Essa demanda surgiu da
área de Operações dentro das medidas de proteção e controle de monitoramento de
gases”, explica o técnico de Segurança do Trabalho, Danilo Munhoz, da área de
EHS (Meio Ambiente, Saúde e Segurança). A vistoria foi realizada em toda
extensão do córrego (3 km), porém, devido às restrições de acesso, o percurso
percorrido foi de 4,5 km.
Segundo o supervisor de Serviços da
Mirante, Giovan Christofolletti, a ação foi muito produtiva, pois o Itapeva,
por estar localizado centro da cidade – e por ser antigo, mostra conexões que
só seriam acessadas por dentro dos imóveis dessa região. Além disso, foi
possível checar as galerias de águas pluviais que desembocam no Itapeva.
OPORTUNIDADE ÚNICA - Segundo Giovan, a Mirante já realizou diversas ações nas redes coletoras
do Itapeva, mas nunca dentro do córrego. “Essa oportunidade de ver o Itapeva
por dentro, foi única. Além de vistoriarmos as redes coletoras com maior
assertividade, pudemos conhecer uma obra que, mesmo construída há 65 anos, está
praticamente intacta. A estrutura é bem robusta, muito bonita, diferente das
demais galerias de drenagem. Do ponto de vista da engenharia, é uma obra
prima”, afirmou Giovan.
O supervisor teve que driblar uma certa
ansiedade em entrar em um local pouquíssimo comum. “Não era por uma questão de
segurança, porque estávamos com uma equipe especializada, mas eu nunca ouvi
falar de alguém que entrou no Itapeva”, comentou. No início, contou Giovan,
houve um pouco de desconforto porque “Estávamos em um local muito escuro, em
determinados pontos com a água batendo no peito. Mas depois foi tudo muito
tranquilo.”
O analista de Engenharia da Mirante,
Guilherme Baldo Cyrino, disse que a experiência de entrar no Itapeva foi
“excelente”. “Esse foi um trabalho de suma
importância não só pela vistoria em si, mas também para a compreensão da
dinâmica do Itapeva e sua parte estrutural, inclusive da importância do
trabalho em equipe, dos treinamentos e utilização de EPIs”, afirmou.
Para Guilherme, a satisfação de integrar o grupo que realizou um trabalho nunca feito antes - e que terá um impacto muito positivo no saneamento do município, é enorme. “Fiquei muito grato também porque essas oportunidades me trazem muito conhecimento. Me senti reconhecido pela Mirante por fazer parte desse projeto”, finalizou.
Autoria: Ude Valentini Fonte: Aegea - Assessoria Piracicaba