Desde que
assumiu o esgotamento sanitário da área urbana de Piracicaba, em 2012, a
Mirante sempre teve como principal objetivo levar mais saúde e qualidade de
vida à população. Um dos pontos nevrálgicos da região leste da cidade na época,
onde está localizada a ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Piracicamirim, era
o mau cheiro que a unidade exalava, o que provocava desconforto aos moradores
de bairros localizados no entorno da estação. Para sanar de vez esse problema,
que se arrastava há anos, a Mirante investiu na modernização do processo de
tratamento de esgoto.
O primeiro
passo foi eliminar o despejo irregular de esgoto industrial na rede, uma vez
que essa descarga desestabilizava o sistema. Em seguida, a Mirante ampliou a
capacidade de atendimento e ganhou sopradores de ar, difusores e linhas de
transporte de ar na lagoa de aeração, o mesmo sistema implantado das ETEs da
Ponte do Caixão, Bela Vista e Capim Fino.
Como o
conjunto de reatores da ETE Piracicamirim operava no sistema anaeróbio, ou
seja, sem oxigênio, a segunda intervenção foi instalar sopradores de ar,
difusores de linhas de transporte de ar também nos reatores. Além disso,
foram construídos um novo decantador e, para completar as melhorias, a casa da
centrífuga - local onde acontece o desaguamento do lodo - foi ampliada, assim
como os tanques de aeração.
“Essa troca
de concepção da ETE Piracicamirim foi um marco para a cidade, pois hoje não
temos odor na estação e a concepção do sistema utilizado foi inovadora,
elevando a qualidade do tratamento de esgoto”, afirma a supervisora de
Operações da Mirante, Amanda Miquelani.
Para quem
vive na região, a modernização no processo de tratamento de esgoto na
Piracicamirim é sinônimo de alívio. Vanessa
Campos, moradora da rua Garcia Rodrigues Bueno, no bairro Jardim Brasília há 20
anos, disse que “Antes, era horrível o mau cheiro que vinha da Estação de
Tratamento de Esgoto. Agora eu não sinto mais cheiro”. Segundo a moradora,
“Além do transtorno que é o próprio mau cheiro, também era um problema porque
desvalorizava os imóveis na hora da venda”.
SISTEMA AERÓBIO - Além da redução de odor, o sistema aeróbio, feito com a presença de oxigênio, oferece maior rendimento que outros métodos e maior absorção de substâncias mais difíceis de serem degradadas. Nesse processo são utilizados organismos aeróbios, ou seja, que dependem do oxigênio para obter energia: os microrganismos degradam a matéria que é decomposta de acordo com o processo oxidativo.
Para que ele
ocorra é necessário submeter a matéria a uma temperatura ideal, pH e oxigênio
dissolvido (OD) controlados, além de obedecer a relação da massa com os
nutrientes de Demanda Biológica de Oxigênio (DBO) que variam em cada Estação de
Tratamento de Esgoto (ETE).
Autoria: Fonte: Aegea - Assessoria Piracicaba