O novo Marco Legal do
Saneamento, que tem como metas garantir que 99% da população tenha acesso à
água potável e 90% à coleta e tratamento de esgoto até 2033, acaba de completar
dois anos e, em um curto espaço de tempo, as operadoras privadas do setor ampliaram
sua participação em 45%.
Segundo dados
apresentados no início desse mês pela ABCON SINDCON - Associação e Sindicato
Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto,
até 2021, essas companhias atendiam 31,6 milhões de usuários; hoje são 46,1
milhões de pessoas com serviços de água e esgotamento sanitário no Brasil.
A Aegea Saneamento,
holding da qual faz parte a Mirante, é líder no setor privado de saneamento no
Brasil: atende mais de 21 milhões de pessoas e tem 49,5% de participação nesse
mercado. “Fazer parte do maior grupo privado do setor no país é um orgulho para
Mirante pois honramos com nosso maior compromisso, que é levar dignidade, saúde
e qualidade de vida à população que atendemos levando em conta, sempre, o cuidado
com o meio ambiente e com a sustentabilidade”, afirma a diretora presidente da
Mirante, Silvia Leticia Tesseroli.
Ainda segundo os dados
apresentados, o número de municípios atendidos por empresas privadas também
aumentou mais de 9%. Em meados de 2020, as concessões privadas estavam
presentes em menos de 6% dos municípios – aproximadamente 330 cidades.
Atualmente, elas já operam em 509 cidades, mais de 9% do total. O estudo
destaca ainda que 44% desses municípios são considerados de pequeno porte, com
até 20 mil habitantes.
“O marco legal criou
um ambiente de maior segurança jurídica, fundamental para atrair
investimentos”, explica Rogério Tavares, VP de Relações Institucionais da Aegea
Saneamento. “Seguimos confiantes em relação ao futuro para continuar expandindo
nossa atuação a partir de investimentos alinhados ao nosso modelo de negócios,
com disciplina e solidez financeira”, finaliza Tavares.
“Eu acho que a
competição já mostrou resultados, tanto no aumento da participação privada e no
compromisso de investimento assumidos nos editais quanto também em uma
provocação firme às próprias companhias públicas a fazerem mais investimentos e
a mexerem nas suas estruturas de governança”, disse na ocasião o
diretor-executivo da ABCON, Percy Soares Neto.
LEILÕES - O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) realizou nove leilões do setor de saneamento que resultaram
em R$ 30 bilhões em outorgas para os cofres de estados e municípios e R$ 42
bilhões de investimentos comprometidos. As rodadas ocorreram ao longo dos
últimos dois anos.
“Nessa jornada, fomos
capazes de trazer um presente para o Rio de Janeiro, que foi a maior concessão
de infraestrutura já realizada no Brasil, que traz dignidade, emprego e
preservação ambiental sem tamanho. Para quem conhece o Rio poder sonhar com uma
Baía de Guanabara, em breve, bonita e limpa novamente, é um sonho para qualquer
um que mora ou visita a cidade tão maravilhosa”, disse o presidente do banco,
Gustavo Montezano.
Para ele, o marco
regulatório em vigor no país representa um sucesso, mas é preciso avançar e
fazer ajustes, que ele classificou como o primeiro dos três pilares necessários
para o desenvolvimento do tema. “Naturalmente o marco legal foi uma inovação
sem tamanho. Ele se mostra vencedor e vitorioso, mas é natural que
amadurecimentos, interpretações e ajustes sejam feitos ao longo dessa jornada”,
pontuou Montezano. (Com informações da Agência Brasil)
Foto Capa: Revista Aegea / Daniel Damasceno
Autoria: Ude Valentini Fonte: Aegea - Assessoria Piracicaba