Neste período seco os focos de incêndio tendem a aumentar e,
preocupada, a Polícia Militar alerta para algumas práticas que podem
intensificar esse problema, como a soltura de balões. Apenas nos primeiros
cinco meses desse ano, 60 balões já foram apreendidos no estado pela
Instituição. O número equivale a quase 53% do total de balões recolhidos no ano
de 2021. Ao todo, 115 pessoas foram autuadas.
Nos 12 meses do ano passado, 113 objetos dessa natureza foram
apreendidos pela PM Ambiental no território Paulista. Se comparado a 2020,
quando 38 equipamentos foram recolhidos, a quantidade mais que dobrou.
Esses números são preocupantes, mas poderiam ser ainda maiores
se não houvesse uma atuação forte do policiamento ambiental para combater tal
delito. Para isso, são realizadas operações diárias pelos cinco batalhões da
Instituição, mobilizando mais de 1,7 mil profissionais capacitados.
No caso dos balões, essas atividades incluem patrulhamento
ostensivo e preventivo, atividades de inteligência, fiscalizações e a
observação do céu para tentar deter os autores em flagrante.
É CRIME! - A beleza de alguns balões pode
deixar a sensação de que a sua produção e soltura são legais, mas não se
engane. Produzir, soltar, ou até mesmo recuperar um balão que está caindo, é
crime!
Em qualquer um desses casos, o material encontrado é sempre
apreendido para perícia e os envolvidos autuados pela PM Ambiental, além de
serem levados a uma delegacia da Polícia Civil.
No âmbito da polícia judiciária, os autores podem ser indiciados
por crime ambiental de acordo com o artigo 42 da Lei nº 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998, o qual estipula detenção de um a três anos ou multa, ou
ambas as penas cumulativamente, para quem fabricar, vender, transportar ou
soltar balões. Também é possível o indiciamento segundo o artigo 261 do Código
Penal Brasileiro: expor a perigo embarcação ou aeronave, própria ou alheia, ou
praticar qualquer ato tendente a impedir ou dificultar navegação marítima,
fluvial ou aérea. Nesta última situação, a pena de reclusão é de dois a cinco
anos.
RISCOS - A soltura de balões pode
ocasionar incêndios em áreas urbanas ou florestas, podendo levar à perda de
vidas humanas ou de animais que vivem em meio à mata, e na devastação da
vegetação.
Outro risco relacionado à soltura de balões é a queda do objeto
em áreas onde estão instaladas indústrias químicas. Neste caso, as chamas podem
ser bem piores e difíceis de serem apagadas, causando graves problemas
ecológicos.
Mas não é só quando um balão cai que há prejuízos. Ainda no céu, ele pode ocasionar acidentes aéreos e, da mesma forma, resultar na perda de vidas.
DENUNCIE - A PM Ambiental se empenha para evitar que balões sejam soltos, por isso pede que a população denuncie a fabricação, o transporte ou qualquer atividade suspeita relacionada: bit.ly/DenuncieAQUI
Autoria: Assessoria de Comunicação Fonte: Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo