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06/03/2022 08h06 Há 961 dias
Prefeitura quer gastar R$ 880 mil para restaurar chaminés no Engenho

    A Prefeitura de Piracicaba anunciou que pretende restaurar ainda neste ano duas das três chaminés existentes no Engenho Central. Segundo informações, essas obras deverão custar R$ 880 mil aos cofres públicos, com previsão de execução de 4 meses. A primeira providência será a abertura do processo de licitação.

    O arquiteto Marcelo Cachioni, do Departamento de Patrimônio Histórico do Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba, explica que a restauração é importante sobretudo pela memória, para que elas sejam conservadas e ainda permaneçam por muito tempo como esses testemunhos do sistema produtivo de açúcar.

    HISTÓRIA - De acordo com o livro “A Arquitetura e a Arqueologia Industrial dos Engenhos Centrais e Usinas na França e no Brasil: Recuperação da Memória Arquitetônica do Engenho Central de Piracicaba”, de autoria de Cachioni, uma das chaminés, a Martinez, de 41 metros, ganhou o nome de seu empreiteiro de obras, o espanhol José Vicente Martinez, foi construída em 1899, quando o Engenho Central de Piracicaba inaugurou o novo sistema de produção industrial. Nela, foram utilizados tijolos refratários oriundos de Glenboig, na Escócia.

Já a chaminé Garcez, construída pelo engenheiro A. Garcez, de São Paulo, foi executada na década de 1940, junto ao rearranjo da planta fabril, quando foram construídos os novos edifícios para a fábrica de açúcar e refinaria (7A e 7B). "Esta chaminé está ligada ao túnel de gases, ainda remanescente, e às demais estruturas ligadas à queima de combustíveis para alimentação das moendas (a vapor) movidas por eletricidade", segundo Cachioni em seu livro.

Foto: Divulgação/Chaminé do Garcez

Autoria: Fonte: Prefeitura de Piracicaba