A Prefeitura de
Piracicaba anunciou que pretende restaurar ainda neste ano duas das três chaminés
existentes no Engenho Central. Segundo informações, essas obras deverão custar R$
880 mil aos cofres públicos, com previsão de execução de 4 meses. A primeira
providência será a abertura do processo de licitação.
O arquiteto Marcelo Cachioni, do Departamento de Patrimônio Histórico do Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba, explica que a restauração é importante sobretudo pela memória, para que elas sejam conservadas e ainda permaneçam por muito tempo como esses testemunhos do sistema produtivo de açúcar.
HISTÓRIA - De acordo com o livro “A Arquitetura e
a Arqueologia Industrial dos Engenhos Centrais e Usinas na França e
no Brasil: Recuperação da Memória Arquitetônica do Engenho
Central de Piracicaba”, de autoria de Cachioni, uma das chaminés,
a Martinez, de 41 metros, ganhou o nome de seu empreiteiro de
obras, o espanhol José Vicente Martinez, foi construída em
1899, quando o Engenho Central de Piracicaba inaugurou o novo sistema de
produção industrial. Nela, foram utilizados tijolos refratários oriundos de
Glenboig, na Escócia.
Já a chaminé Garcez, construída pelo engenheiro A. Garcez, de São Paulo, foi executada na década de 1940, junto ao rearranjo da planta fabril, quando foram construídos os novos edifícios para a fábrica de açúcar e refinaria (7A e 7B). "Esta chaminé está ligada ao túnel de gases, ainda remanescente, e às demais estruturas ligadas à queima de combustíveis para alimentação das moendas (a vapor) movidas por eletricidade", segundo Cachioni em seu livro.
Foto: Divulgação/Chaminé do Garcez
Autoria: Fonte: Prefeitura de Piracicaba