O Samu
192 Piracicaba completou 18 anos de habilitação. Antes de ser Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência, desde a década de 1970, era conhecido como Resgate Municipal. Com a
evolução do atendimento pré-hospitalar em nível mundial, o Brasil implantou o
Samu – vinculado ao Ministério da Saúde. Piracicaba foi um dos primeiros 14
municípios do país a ser habilitado para o serviço que, atualmente, é
coordenado pelo médico Thiago Bertollo.
Para a médica do Serviço e
superintendente de Urgências da Secretaria Municipal de Saúde, Flávia de Sá
Molina, o Samu veio para auxiliar o cidadão que precisa do atendimento de
urgência na cidade. "As pessoas tinham problemas em casa ou não tinham
como ser transportadas ou socorridas até o hospital. Com o Samu, a situação
mudou. Nós conseguimos dar a segunda chance para esse paciente conseguir chegar
no hospital com segurança, recebendo os devidos cuidados. Antigamente, muitos
pacientes que sofriam acidente de motocicleta ou carro ficavam paraplégicos ou
tetraplégicos porque não havia um socorro adequado. É por isso que afirmo, o
Samu é um serviço essencial e traz, sim, uma segunda chance para muitas e
muitas pessoas", declarou.
Há mais de três décadas no
SUS (Sistema Único de Saúde), a coordenadora Administrativa e de Enfermagem do
Samu, Maria Cristina Collonese, lembra que no início do Serviço, a equipe de
urgência era formada por médico regulador, Tarms (técnico auxiliar de regulação
médica), condutores, enfermeiros, técnicos de enfermagem e rádio operador, além
da habilitação de quatro viaturas de suporte básico (USB) e um avançado (USA).
"Hoje temos seis USB e uma USA, todas praticamente novas, vindas por meio
de doação do Ministério da Saúde e aquisição pela Prefeitura. Vale destacar que
todas as unidades do Samu têm equipe completa, sendo 24 técnicos de enfermagem,
cinco enfermeiros, 29 condutores, dez médicos, quatro rádios operadores e dez
Tarms", apontou.
O cérebro do Samu é a Central de Regulação Médica, que tem como objetivo ético garantir os serviços de saúde, zelando pela qualidade e segurança. O médico encarregado pela regulação é amparado por protocolos clínicos para classificar e estratificar as demandas por grau de prioridade e necessidade. Neste sentido, atualmente, o Samu atende em média entre 2,5 mil e 3 mil pessoas por mês somente em Piracicaba. Na região, desde 2015, o Serviço atende 11 municípios da macrorregião, entre eles Águas de São Pedro, Charqueada, Santa Maria da Serra, São Pedro, Saltinho, Rafard e Rio das Pedras. "Esta atuação mostra a importância que temos na Região Metropolitana como referência em saúde.
Comumente chamado de 192 –
telefone para o qual deve se ligar em casos de urgência e emergência – o número
é o canal de atendimento às urgências, pelo qual os pacientes são avaliados e
triados por médicos reguladores para que todas as solicitações sejam atendidas
de forma rápida e com o melhor recurso de urgência. "É nesta hora em que
se decide sobre a vida do paciente para o envio do suporte adequado da
ocorrência para salvar vidas. Além disso, o Samu também pode fazer encaminhamentos
aos Bombeiros e à Polícia Militar, por exemplo", completou Cristina
Collonese.
Flávia de Sá enalteceu a
parceria com outros serviços para que o trabalho do Samu seja realizado com
sucesso. "O aniversário é do Samu, mas é importante destacar a parceria
com outras entidades e corporações de saúde e segurança que também dão suporte
ao nosso trabalho, como a PM, Polícia Civil, Grupo de Resgate e Atenção às
Urgências e Emergências, Bombeiros, GCM. Sem o trabalho integrado de todos, o
serviço do Samu não teria toda a qualidade que ele tem hoje, por isso, eles
também merecem o nosso reconhecimento", lembrou.
COVID-19 – Todos os serviços de saúde ao redor do mundo foram importantíssimos no combate à pandemia da Covid-19 nos últimos dois anos. Em Piracicaba não foi diferente, principalmente para o Samu que foi o principal meio de suporte aos pacientes graves acometidos pelo novo coronavírus. "Na pandemia, o Samu ficou responsável pelo transporte de pacientes graves, tanto daqueles que estavam em casa e precisavam ir até uma unidade de pronto atendimento ou daquele que estava em uma UPA e precisava ir para um hospital. Trabalhamos incansavelmente para fazer o transporte desses pacientes e podemos dizer que fizemos isso tudo com maestria. O Samu ainda é fundamental nesse trabalho até hoje, salvando muitas vidas", concluiu Flávia de Sá.
Fotos:
Isabela Borghese
Autoria: Felipe Poleti/CCS Fonte: Prefeitura de Piracicaba