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28/09/2022 16h37 Há 667 dias
Territórios férteis: o baque das culturas periféricas

    Depois de passar pelos bairros Monte Rey II, Boa Esperança e Santa Fé 1, onde o maracatu dialogou com a capoeira, a dança afro, o maculelê e o Hip Hop, o projeto Territórios Férteis: o baque das culturas periféricas está chegando ao fim.

    Contemplado no Edital Proac n° 31/2021 – Cidadania, Cultura Negra, Urbana e Hip Hop, Territórios férteis tem coordenação de Natalia Puke, produção musical de Maicon Araki e produção executiva de Fernanda Ferreira, com o objetivo de promover o encontro entre o grupo de maracatu Baque Caipira e outras manifestações culturais que acontecem nas periferias piracicabanas

    Nesse 1 de outubro, acontece o cortejo de encerramento, intitulado Cortejo Antropofágico. Dele participam batuqueiros do Baque Caipira, grupos e pessoas participantes e a comunidade local. A proposta é integrar os elementos tradicionais do maracatu de baque virado aos elementos do Hip Hop, em um ato de antropofagia cultural, de exaltação das expressões populares brasileiras, reafirmando ações, identidades e potencialidades dos territórios escolhidos pelo projeto.

Assim, o Territórios férteis: o baque das culturas periféricas cria vínculos e permite ricas trocas entre os fazedores de cultura, em um processo de emancipação humana, fortalecendo as ações comunitárias e práticas coletivas.    

    BAQUE CAIPIRA - O Maracatu Baque Caipira de Piracicaba é um grupo percussivo, independente, atualmente formado por 35 integrantes. Desde 2013, vem se constituindo como um importante espaço formativo e cultural na cidade. O trabalho desenvolvido pelo grupo se inspira no Maracatu de Baque Virado, porém, integra a esse ritmo nordestino, o sotaque característico da musicalidade do interior paulista.

    Assim, nas toadas do maracatu soam também as linguagens rítmicas e as formas melódicas da música caipira e dos batuques regionais, como cururu, catira, batuque de umbigada, congada, samba de bumbo e samba de lenço, fazendo do Baque Caipira uma manifestação cultural singular do maracatu sudestino.

    Seu repertório exalta as identidades, os símbolos e as expressões das tradições locais, com referências ao Rio Piracicaba, lugares históricos da cidade, histórias dos mestres e mestras dos batuques paulistas, assim como a resistência de matriz negra e indígena, visto que Piracicaba foi terra das nações paiaguás e caiapós, bem como um território marcado historicamente pela escravidão.

    SERVIÇO  

    Cortejo Antropofágico  de encerramento do projeto Territórios férteis: o baque das culturas periféricas

    Sábado, dia 1 de outubro, às 15h

    Concentração na Escola Francisco Mariano – Rua Profª Laura Fernandes C Ferrari, 47 – Novo Horizonte

    Informações pelo telefone (19) 9.9269-6852

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